Hummingbird: O Google reinventa a busca na web

por out 26, 2016

hummingbird_mediumNos seus 15 anos de existência, o Google vem revolucionando a maneira como os usuários encontram o que buscam na Internet. Mas, há pouco mais de um mês o Google fez o que pouca gente esperava. Colocou no ar, sem avisar ninguém, o Hummingbird, a maior atualização no seu mecanismo de busca desde Caffeine, que foi ao ar em 2010. O que muda para quem vive da busca na Internet?

Se tem uma coisa que sabemos é que a gigante de Mountain View constantemente atualiza seus algoritmos de busca. Mas, mudanças grandes como essa, só poucas.

Hummingbird é lançado onde tudo começou

As honras foram feitas pelo Amit Singhal, um dos maiores executivos do Google. Em um evento na garagem onde Larry Page e Sergei Brin criaram a empresa, em Menlo Park.

Amit explicou que a atualização foi necessária pela mudança de comportamento dos usuários da Internet, principalmente pela adoção maciça de smartphones no mundo, e também pelo tipo de uso feito das buscas agora.

Tirando o sono dos SEOs de novo

Se os SEOs já estavam preocupados com as atualizações menores anteriores, como o Panda e o Penguin, agora a situação é mais complicada.

Profissionais sérios, conhecidos como Whitehat, já estavam deixando de lado as técnicas mais tradicionais para conseguir back-links, focando em relacionamento com blogueiros, periódicos, universidades e outras entidades de relevância no mundo digital.

Estão fora algumas técnicas como:

  • Envio de artigos com textos semelhantes para diretórios de artigos de baixa qualidade;
  • Article Spinning: uso de ferramentas para modificar o texto de forma a parecer um texto novo. Normalmente, perde o sentido e fica otimizado apenas para máquinas;
  • Contas fake de mídias sociais apenas para aumentar links;
  • uso de ferramentas para conseguir back-links em grande volume: totalmente proibido agora.

A importância do conteúdo de qualidade agora

Já havíamos falado sobre a importância do conteúdo. Agora, subiu de patamar.

No começo, quando as pessoas procuravam algo na Internet, usavam poucas palavras: “carros usados”, “dentista”, “seguro”. Em pouco tempo os anunciantes perceberam isso e começaram a focar em poucas palavras-chave na otimização do seu site ou dos seus anúncios. Funcionou de maneira excepcional por muitos anos.

Mas o público da Internet está mudando. Saímos dos pioneiros, ou early-adopters, para uma ferramenta de massa: 35% da população mundial já está conectada. Esses novos internautas já chegam com uma nova ideia, a de que a Internet tem que responder às perguntas da mesma forma que as pessoas comuns. Com isso, as buscas estão com cada vez mais palavras: “melhores descontos para sapatos”, “como limpar manchas de café”, “como aprender inglês rápido”.

O Hummingbird tem a missão de fornecer resultados melhores para estas buscas. Para isso, o texto dos artigos tem um peso maior, bem como a quantidade de artigos publicados, integração com mídias sociais e outras dezenas de atributos.

Busca integrada com o celular

Não é só o tipo de busca que fazemos, mas onde fazemos. Com os celulares, temos uma maneira de procurar o que queremos 24 horas por dia, em qualquer lugar. Mas não é só isso, a hora e o local fazem parte do novo contexto em que procuramos algo.

Isso está levando empresas a adequar seus sites à telas pequenas, e, mais recentemente, em como otimizar para cada etapa do dia. Um exemplo vai ajudar aqui.

  • Hora do almoço: procuro por esfiha no celular e vejo uma oferta de uma empresa de fast food árabe oferecendo um combinado de três esfihas com suco;
  • Hora da janta: procuro por esfiha no micro, e o mesmo fast-food árabe me envia uma oferta de um pacotão com 10 esfihas, 8 kibes e um refrigerante 2 litros;

Hummingbird: a aposta do Google

O Google sabe que não pode ficar parado, a concorrência está aumentando. Já era o Bing, agora o DuckDuckGo, Wolfram Alpha e a lista continua aumentando.

Já são 30 dias de Hummingbird, mas isso é muito pouco para ter análises completas no mundo Web. Voltaremos à esse assunto em breve, com números e dicas.

Abraços,

Caetano Notari

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